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A Bacia do Parnaíba representa 72% da área terrestre a ser licitada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), na quarta-feira, e já tem 57 poços perfurados com gás natural, informou a diretora-geral da agência, Magda Chambriard.
Segundo ela, a A Bacia do Parnaíba possui grande potencial para produção de gás natural. Possui uma área de aproximadamente 670 mil km², onde estão localizados 22 blocos que representam 72% da área terrestre a ser licitada pela ANP na 13ª rodada de licitações para exploração de gás e petróleo.
Magda Chambriard disse que, atualmente, a Bacia do Parnaíba é a quinta maior produtora de gás natural do Brasil, contribuindo com uma produção diária de aproximadamente 3,7 milhões de m³/dia Desde 2010, foram perfurados 72 poços, tendo sido detectada a presença de gás natural em 57 deles, perfazendo um índice de sucesso de 79%, bastante acima da média do setor. O CNPE (Conselho Nacional de Petróleo) autorizou à ANP, por meio da Resolução nº 01/2015, q realização da 13ª Rodada de Licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural.
A 13ª Rodada de Licitações, prevista para quarta-feira, está ofertando 266 blocos exploratórios, distribuídos em dez bacias sedimentares: Amazonas, Parnaíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas, Jacuípe, Camamu-Almada, Espírito Santo, Campos e Pelotas.
Em terra, é oferecido um total de 182 de blocos: 07 blocos na bacia do Amazonas e 22 na bacia do Parnaíba, 71 blocos na bacia de Potiguar e 82 na bacia do Recôncavo.
Em mar, são oferecidos 84 blocos marítimos: na região Nordeste, foram incluídos 10 blocos na bacia de Sergipe-Alagoas, 4 na de Jacuípe e 9 na de Camamu-Almada; na região sudeste, foram incluídos 07 blocos na bacia do Espírito Santo e 3 na bacia de Campos; na região Sul, foram incluídos 51 blocos na bacia de Pelotas.
As bacias e os setores visam atender o interesse do Governo Federal em realizar rodadas de licitação para concessão de blocos em bacias de novas fronteiras tecnológicas ou do conhecimento, em bacias maduras e em bacias de elevado potencial, visando promover o conhecimento das bacias sedimentares, descentralizar o investimento exploratório no país, atrair pequenas e médias empresas e ampliar as reservas nacionais, fixando empresas nacionais e estrangeiras no País, dando continuidade à demanda por bens e serviços locais, à geração de empregos e à distribuição de renda, conforme a ANP.
A Bacia do Parnaíba situa-se nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, abrangendo parte dos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Ceará e Bahia, e possui uma área de aproximadamente 668,8 mil km2. Separa-se das bacias de Barreirinhas e São Luís, situadas a norte, pelo Arco Ferrer-Urbano Santos e da Bacia do Marajó, a noroeste, pelo Arco de Tocantins. Ao sul, seu limite com a Bacia do São Francisco é definido pelo Arco de São Francisco.
As pesquisas geológicas na bacia começaram em 1909, através de atividades direcionadas para a mineração de água e a prospecção de carvão sob a égide do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil. Nesta época foi elaborado o primeiro mapa geológico da bacia.
Contudo, só a partir da década de 50, através do Conselho Nacional do Petróleo, deu-se a campanha exploratória da bacia voltada para a pesquisa de hidrocarbonetos com mapeamento de superfície e a perfuração de 3 poços no Estado do Maranhão, 1-CL-1-MA (Carolina), 1-VG-1-MA e 1-VG-1R-MA (Vereda Grande), respectivamente em 1951 e 1953.
Com a criação da Petrobras uma nova campanha exploratória se desenvolveu de 1954 a 1966, quando foram realizados novos mapeamentos de superfície, com apoio de fotogeologia, levantamentos gravimétricos e sísmicos, estes de caráter local, e a perfuração de 31 poços exploratórios, a maioria dos quais com pouco apoio sísmico. Uma cobertura gravimétrica terrestre realizada principalmente pela Petrobras acumula cerca de 116,3 mil km2.
Na década de 70 a bacia foi objeto de estudo através do Projeto Radam (CPRM) e também pela atuação da CPRM na área.
Os levantamentos sísmicos foram realizados descontinuamente entre 1954 e 1996, totalizando 13.194 km lineares de sísmica 2D. As linhas sísmicas existentes têm distribuição esparsa e densidade extremamente baixa, com modestos 0,02 km/km2. Este volume de dados é pequeno em termos absolutos e pouco significativo relativamente à dimensão da bacia.
Atualmente, a bacia possui 89 poços exploratórios, dos quais 38 são pioneiros, 04 pioneiros adjacentes, 12 estratigráficos, 01 jazida mais rasa, 19 de desenvolvimento, 06 de extensão e 09 especiais. A bacia do Parnaíba possui atualmente três campos de gás, a saber: Gavião Real, Gavião Azul e Gavião Branco.
A Bacia do Parnaíba é a quinta maior produtora de gás natural do Brasil, contribuindo com uma produção diária em torno de 4,7 milhões de m³, representando cerca de 5% da produção de gás natural.
Fonte/créditos
meionorte.com
http://www.meionorte.com/blogs/efremribeiro/bacia-do-parnaiba-representa-72-da-area-terrestre-a-ser-licitada-pela-anp-para-exploracao-de-gas-e-petroleo-e-ja-tem-57-pocos-perfurados-com-gas-natu-317871
Por meionorte.com