Assinatura do protocolo de intenções aconteceu em Brasília, no Ministério de Minas e Energia. Foto: Saulo Cruz/ MME.
O protocolo de intenções assinado nesta terça-feira (27/3), entre as três instituições, em Brasília, no Ministério de Minas e Energia, visa promover uma gestão integrada do conhecimento geológico nacional, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em pesquisas nas áreas de óleo, gás e mineração. O acordo prevê a revitalização do Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro, a criação do Centro de Referência em Geociências, com laboratórios de alto desempenho; e a ampliação da rede de litotecas para receber, armazenar e gerir a utilização do acervo de testemunhos de sondagem e amostras de rochas, que hoje se encontram sob a guarda da Petrobras. A iniciativa vai facilitar o acesso de empresas e instituições de pesquisa a esse valioso material. A parceria, a médio prazo, vai permitir ainda a ampliação do conhecimento geológico das bacias sedimentares brasileiras, mediante o desenvolvimento de projetos de P,D&I atrelados às seguintes linhas de pesquisa: estratigrafia; tectônica continental e análise de bacias; geodinâmica do Atlântico Sul e Equatorial; geodiversidade e impactos ambientais; arquitetura litosférica e sistemas minerais; numérica e Big Data; recursos renováveis e minerais para o futuro. A cerimônia de assinatura do protocolo de intenções reuniu representantes das três instituições e contou coma presença de Vicente Lôbo, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral e Márcio Felix, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que representaram o ministro Fernando Coelho Filho. Vicente Lôbo lembrou que o Ministério de Minas e Energia incentivou a parceria porque entende a importância das áreas de mineração e petróleo caminharem juntas e que Serviço Geológico do Brasil possui a expertise e capilaridade para desenvolver as ações. “Os resultados dessa parceria contribuirão de maneira significativa para a mitigação do risco exploratório, tanto na área de óleo e gás, quanto na mineração”, disse. O diretor-presidente, Esteves Colnago, afirmou que a parceria firmada com a Petrobras e ANP, coloca o Serviço Geológico do Brasil em uma nova dimensão. Com a revitalização do Museu de Ciências da Terra será resgatada a memória do setor mineral brasileiro. Colnago frisou também que a criação do Centro de Referência em Geociências, vai permitir o Brasil dar um salto qualitativo na produção científica.
Representantes da CPRM, ANP, Petrobras e MME.Foto: Saulo Cruz/ MME
O diretor-presidente também citou que a migração do acervo de rochas e fluidos de 60 anos de atividade exploratória da Petrobras e outras empresas petrolíferas no Brasil passará a ser gerenciado por um órgão de Estado – o Serviço Geológico do Brasil, “o que facilitará disponibilização desse acervo para universidades e para a indústria, por meio de um modelo de litotecas, que além de armazenar também será um centro de geração de conhecimento técnico científico. Destaca-se assim, o primeiro passo para a contribuição da CPRM/SGB no imenso campo de ação para o desenvolvimento na área de óleo e gás”. O diretor-geral da ANP, Décio Odonne, disse que a assinatura do acordo é carregada de simbolismo porque depois de 20 anos a guarda do acervo volta para as mãos de um órgão de Estado. “Esse é um primeiro passo que inaugura um novo modelo de gestão desse conhecimento e será o cartão de visitas dos setores de mineração, petróleo e gás”, afirmou. A diretora executiva de exploração e produção da Petrobras, Solange Guedes destacou que a parceria agrega valor porque o Serviço Geológico do Brasil tem experiência e capacidade técnica de promover uma gestão integrada do acervo. “Um país de dimensões continentais não pode deixar de prescindir de uma instituição como a CPRM. Essa parceria reforça nosso compromisso com a excelência técnica”. Solange também comentou sobre revitalização do Museu de Ciências da Terra. “Restaurar museus e reconhecer nossa história para se construir o futuro”, disse. Além de incentivar pesquisas nas áreas das geociências, o acordo também contempla investimentos em infraestrutura e em programas de capacitação técnica das três instituições. Os recursos para essas linhas de pesquisas serão provenientes da cláusula de Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, estabelecida no Regulamento Técnico ANP 03/2015 e prevista nos contratos para exploração de petróleo e gás natural. Além do diretor-presidente, estiveram presentes, o conselheiro Elmer Prata Salomão, o diretor de Administração e Finanças, Juliano Oliveira, e o chefe do Departamento de Relações Institucionais e Desenvolvimento, Marco Antônio Oliveira, o chefe do NIT/Cedes, Noevaldo Teixeira, os assessores Thales Sampaio, Paulo Romano, Fernando Carvalho e Rubem Sardou, chefe da Divisão de Economia Mineral e Geologia Exploratória.
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